As cooperativas de crédito estão ganhando evidência e conquistando um espaço singular no mercado brasileiro de instituições financeiras. Nos últimos quatro anos, enquanto os bancos fecharam em 13,8% o número de agências físicas no país, as cooperativas de crédito promoveram uma significativa expansão dos postos de atendimento, saltando de 6.948 para 9.140 unidades, um incremento de 31,5%.
Em Minas Gerais, esse setor do cooperativismo não fica para trás, acompanhando pari passu e, por vezes, liderando o movimento nacional de ampliar sua presença junto ao público. De 2019 a 2022, as cidades mineiras ganharam 332 novas agências de cooperativas de crédito, o que significou um aumento de 28,5%.
E por que esse crescimento acontece de forma tão consistente? Por motivos que são simples, diferenciados e, por que não dizer, nobres. Primeiramente, as cooperativas de crédito mantêm um relacionamento próximo e personalizado com seus cooperados. Oferecem produtos e serviços customizados e acessíveis, que atendem às necessidades específicas de cada público ou segmento, com taxas e tarifas, em geral, mais baixas do que as praticadas no mercado financeiro.
Em segundo lugar, os cooperados, em uma cooperativa de crédito, não são tratados apenas como clientes. Eles são donos do negócio, participam dos resultados e assim são considerados na hora de receber atendimento.
Por fim, as cooperativas de crédito têm um papel social fundamental nos locais em que atuam, promovendo a inclusão financeira de milhares de pessoas. Em 332 municípios brasileiros, elas são as únicas opções de crédito local, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a prosperidade regional.
Em Minas, 77,6% das cidades contam com uma cooperativa de crédito, o que representa 662 municípios. Desses, 72 só têm acesso ao sistema financeiro por meio do cooperativismo. Ao todo, temos 1.495 unidades, considerando agências e postos, cobrindo todas as regiões e agregando 2,3 milhões de cooperados. Somos, portanto, o Estado que conta com mais unidades de atendimento de cooperativas de crédito no país, à frente de São Paulo, com 1.400 postos, e Santa Catarina, com 1.300 postos. Além disso, aproximadamente 16,4 mil empregos são gerados por esse ramo, que movimenta R$ 57,1 bilhões na economia mineira.
Por tudo isso – relacionamento mais próximo com o público, linhas de produtos e serviços mais acessíveis, geração de emprego e renda em municípios de menor envergadura econômica, inclusão e desenvolvimento social –, as cooperativas de crédito vêm apresentando também resultados surpreendentemente maiores do que a média do setor financeiro nacional. O volume total das operações de crédito realizadas pelo cooperativismo, de 2019 a 2022, subiu 138% no Brasil e 117% em Minas – uma expansão de 28% ao ano.
São números fortes, que mostram um crescimento maduro e sustentável e indicam o quanto a cultura do cooperativismo vem, definitivamente, se consolidando em nossa sociedade.